quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

NÃO DÁ PRÁ SER FELIZ!...

O mundo está em crise.

O Brasil, inserido dentre as nações capitalistas, vive esta crise, que se estende às famílias.

Aqui e ali, um chefe de família perde o emprego e fica às voltas com os pagamentos de final de mês.

Conta moedas para completar seus compromissos financeiros.

Sobretudo, aqueles dos quais dependem o bem-estar de seus familiares: alimentação, água, luz, telefone, plano de saúde...

E tem que ter o dinheiro para sua condução na busca de um novo trabalho.

É degradante o custo social que a crise impõe aos cidadãos.

Nascida em conseqüência do modelo econômico neoliberal, ela se estende pelo mundo inteiro, gerando incerteza entre as nações, desemprego da massa humana, e humilhação social aos que convivem com a fome e as doenças, fruto da incapacidade financeira do cidadão para aquisição de alimentos e pagamento desses bens e serviços.

Como diz a canção interpretada pelo cearense Fagner:

“e sem o seu trabalho o homem não tem honra,
e sem a sua honra, se morre, se mata...”

Dentre os compromissos financeiros que o cidadão tem que honrar, pontualmente, para usufruir um bem-estar mínimo, está a água, o precioso líquido da vida.

Considerado um bem econômico fundamental, a água custa caro.

Sobretudo a água tratada, que as companhias e empresas do ramo têm que considerar o custo deste tratamento no preço final do produto.

E quem paga é o cidadão.

E o lucro?

Para onde vai essa montanha de rédito financeiro que o precioso líquido produz nessa empresas e companhias?

Em muitos estados brasileiros, essas companhias e empresas permanecem nas mãos dos neoliberais.

Todas são de capitais abertos, cujos acionistas são eles mesmos.

E fazem o que bem entendem com este dinheiro, que deveria ser do povo.

O exemplo de apropriação dos lucros de uma empresa, que conta com recursos públicos, vem de São Paulo.

Lá, governador José Serra, um neoliberal de primeira hora, aproveitando-se do fabuloso lucro que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp vem tendo com a venda da água, se utiliza destes recursos em proveito próprio, e torra 7,5 milhões de reais, só com a Globo, com propaganda de si mesmo, para se evidenciar como futuro candidato a presidência da república.

Por ter o governo de São Paulo como seu principal acionista, não significa dizer que o usuário do lucro da Sabesp seja o governador.

A Sabesp desrespeita o povo porque, para produzir o lucro fabuloso que a empresa aufere, ao ponto de gastar rios de dinheiro com propaganda política, é porque cobra além dos preços de mercado por metro cúbico de água dos seus cidadãos, que infelizmente não se dão conta do que pagam.

Para ser uma empresa que diz que respeita seu cliente, o governador deveria diminuir um pouco o preço da água, porque o lucro é altíssimo.

Na contramão, não diminui a tarifa, e gasta o que não é dele em prol si mesmo.

Assim, o povo paulista acaba concordando com a música de Fagner e cantando com ele:

“Não dá prá ser feliz,
não dá prá ser feliz,
não dá prá ser feliz,
não dá prá ser feliz!...”

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