domingo, 11 de janeiro de 2009

COM A CIÊNCIA NA SALA DE AULA.
O deputado Artur Bruno em entrevista ontem, sábado 10/01/2009 na Rádio Verdes Mares, descobriu um feito inédito; a partir das palavras do deputado, já se sabe por que o estudante brasileiro é menos culto do que outros que vagueiam países a fora.
Disse o deputado Artur Bruno que o estudante brasileiro tem, no currículo dos cursos de ensino fundamental e médio, uma carga de matérias desnecessária muito grande.
E citou física, matemática, química e biologia como desnecessárias para a grade de ensino médio.
Entende o deputado que o ensino médio deveria ver outros assuntos, e que aquelas matérias trazem muitas dificuldades e uma maior carga de esforço por parte do aluno.
Ao final, disse o deputado, o aluno acaba não aprendendo nada.
A descoberta do deputado Artur Bruno leva a comunidade científica brasileira e as pessoas com algum grau de inteligência, a pensar um turbilhão de idéias para sanar essa situação do ensino brasileiro, sob a ótica do deputado.
Por exemplo, se o ensino médio não deve ter aquelas matérias desnecessárias, mas fundamentais para o complemento do conhecimento do aluno de segundo grau, onde elas deveriam ser ministradas? Na universidade?
No mundo inteiro o aluno de segundo grau, como chamamos aqui, recebe esses conhecimentos com naturalidade, e na universidade eles são aprofundados.
No Brasil isso também é fato comum.
Sempre foi.
O deputado Artur Bruno deveria dizer para a comunidade educacional do Ceará e até do Brasil, que a dificuldade não está no aluno nem na matemática, física, química e biologia que ele cita.
A dificuldade está no professor.
Mas não tem coragem.
Dizem que o professor ganha mal, por isso ensina mal.
Mentira!
O máximo que pode acontecer com um mestre que ganha pouco é ele relaxar no ensino.
Mas esse não é o ponto fundamental.
Se o professor brasileiro, no nível de ensino médio da escola pública atual, ganhasse hum milhão de reais por hora/aula, nem assim o ensino chegaria ao patamar desejado.
O erro vem de fora para dentro da escola.
E começou muito antes.
Começou no vestibular que selecionaria esses futuros profissionais, o pedagogo.
O concurso vestibular para Pedagogia não requer muitos conhecimentos de física, química, biologia e matemática.
O currículo do curso também não contempla essas matérias.
Quando ele sai da universidade, por permissão da lei, pula para dentro de uma sala de aula.
Vira professor!
Sem base, este professor vai evitar falar de Pitágoras, as leis de Kepler, cromossomos, síntese de Grignard, etc., porque não tem conhecimento para isso.

E o aluno segue sem os conhecimentos, que lhes deveriam ter sido ministrado com competência.
Quem deve ensinar física é um profissional que tenha a física como instrumento de trabalho.
Assim deve ser para matemática, biologia, química, e outras matérias da grade curricular de qualquer curso.
A escola pública era assim e mudaram
Um segundo fator, a nosso ver, está no aluno.
A escola deveria ter profissionais para despertar nele o entusiasmo, a vontade de aprender e porque aprender.
No ensino publico o aluno recebe essa carga de conhecimentos, mas não lhes despertam para o futuro uso de tanto saber.
No momento em que a escola pública colocar na sala de aula professores com total domínio do que vai transmitir, e pessoas que consigam despertar o sonho do aluno, o ensino brasileiro terá um salto de qualidade muito grande.
Com a ciência na sala de aula.


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