domingo, 17 de maio de 2009

O TERRORISMO DA MÍRIAM LEITÃO
O PPS pela voz de seu representante Raul Jungmann, na propaganda política, fez terrorismo sobre a caderneta de poupança.
Falou que o governo iria mexer na poupanca como fez o Collor de Mello.
Os mais desavisados, não acostumados com o discurso da oposição brasileira, correram para os guichês dos bancos e sacaram cerca de um bilhão de reais.
Mas ainda não acabou terrorismo.
A mídia que apoia a queda ou até a deposição do atual governo, insiste em espalhar o terrorismo sobre a poupança, sem explicar o fundamental, que foi a medida preventiva contra um ataque aos cofres públicos pelos grandes investidores mundiais.
O governo limitou os valores sobre os quais incidem ou não os juros pagos e criou imposto de renda sobre os que ultrapassarem os valores poupados.
Para dar sustentabilidade à voz do deputado Raul Jungmann, a Globo continua vociferando impropérios econômicos pelas vozes de seus comentaristas.
Entendendo muito de terrorismo, golpismo mas semi-analfabetos em aritmética (jornalista não precisa entender muito de matemática), alguns comentaristas chegam às raias do obscurantismo econômico quando querem transferir idéias nesse campo.
Chegam a recomendar que as famílias não poupem mais.
E se não põem mais seu dinheiro na poupança, os comentaristas econômicos ainda não disseram que no colchão, o ladrão vem e leva...
Com risco de vida para o poupador.
No O Globo, Míriam Leitão extrapolou os limites da incultura aritmética.
Se escreveu para sua secretária do lar, talvez tenha atingido seu objetivo, se a mesma tiver lido o jornal O Globo.
Ocorre que não é só a empregada doméstica de Miriam Leitào que lê jornais, ou passam a vista sobre as coisas que alguns jornalistas escrevem.
Há engenheiros, economistas, e pessoas com algum conhecimento de economia e finança.
Transcrevo o comentário de Luis Nassif sobre o que escreveu a colunista econômica de O Globo.
17/05/2009 - 09:54
Poupança: tortura sem números
De O Globo
PANORAMA ECONÔMICO
Miriam Leitão
Nilton tem uma caderneta de poupança para a educação dos netos. Já juntou R$ 117 mil. Mandou email para a CBN para saber se teria que pagar imposto de renda. No site do “Bom Dia Brasil”, uma telespectadora contou que foi demitida e depositou o FGTS na caderneta. Queria saber se haveria exceção para ela. A diferença com outras mudanças de regras é que, agora, as dúvidas chegam por e-mail.
No mais, é tudo igual àquelas alterações feitas na época pré-internet. As mudanças repentinas e confusas de regras, os planos que fracassaram porque foram anunciados antes e pensados depois, as normas que não contemplam as múltiplas situações da vida real, tudo parecia estar de volta na semana passada.
(…) Nilton não terá como fugir, por mais nobre que seja o motivo pelo qual está poupando.
Terá que pagar imposto que vai incidir sobre a rentabilidade de R$ 67 mil do dinheiro da educação dos netos.
É curioso esse tipo de comparação. Se o Nilton está com uma poupança de R$ 117 mil, exclusivamente para a educação futura dos netos, é evidente que o conjunto de rendimentos dele é muito maior. Mirian fala em rentabilidade de R$ 67 mil sobre uma aplicação de R$ 117 mil. Errou na vírgula. Deve ser R$ 6,7 mil de rentabilidade. Sabe qual o IR máximo que o Nilson vai pagar? Pouco coisa além de R$ 200,00.
(…) Terão todos esses 894.856 poupadores que excedem os emblemáticos R$ 50 mil que torcer para que os juros não caiam, porque a queda dos juros aumentará seu imposto.
Os outros donos de caderneta terão que se limitar aos R$ 50 mil, não poupar nada mais, porque em lei estará um valor imutável a partir do qual se paga imposto de renda. Serão punidos se pouparem mais.
Meu Deus do céu! O sujeito poupa R$ 50.000,00. Ganha R$ 3.360,00 (arredondando) de juros, mais R$ 300,00 de correção monetária pela TR. Não paga IR. Aí ele resolve poupar mais R$ 50.000,00, ficando com R$ 100.000,00. Ganhará mais R$ 3.360,00 em juros, dobrando o que ganhava antes. E terá que pagar R$ 175,00 de IR. E a Mirian considera isso uma punição, a ponto de sugerir que ele não poupe mais nada além dos R$ 50.000,00 isentos. Ou seja, ele deixará de receber mais R$ 3.360,00 de juros para não ser “punido” com um IR de R$ 175,00. Há limites para o terrorismo, que em linguagem corriqueira se chama de “senso de ridículo”. Antes de submeter as mudanças da poupança a sessões de tortura, a Mirian mandou os números saírem da sala para não haver testemunhas.
Comentário
Um pedido a vocês. Cada vez que questiono artigos ou análises, estou rebatendo ideias e conceitos. Mas muitos se inflamam e aproveitam os posts para desancar os polemizados. Vamos ficar no campo das ideias e conceitos, sem ataques de cunho pessoal.

Nenhum comentário: