sábado, 13 de setembro de 2008

CHAMEM UM PADRE.

A mídia dá destaque ao número de arapongas da ABIN envolvidos na Operação Satiagraha.

Faz um tremendo escarcéu em torno da ajuda que alguns agentes da ABIN prestaram à Polícia Federal durante aquela operação.
Em nenhum momento a mídia dá destaque ao que foi apurado.
Sequer cita os que mergulharam fundo nos cofres da nação.
O que a mídia está deixando transparecer ao povo brasileiro é algo parecido como se, de repente, um país vizinho resolvesse invadir o Brasil com seus batalhões por terra e só o exército pudesse agir na defesa de nossa pátria.
É como se, de uma hora para outra, uma invasão aérea estivesse ocorrendo em uma fronteira qualquer do nosso país e só a aeronáutica pudesse intervir.
Ou, se um país inimigo tentasse destruir nossos poços de petróleo no mar e esse recharçamento só pudesse ser realizado pela marinha do Brasil.
Um dia desses, essa mídia que agora condena as ações policiais contra a corrupção no Brasil, destacava a falta de ação dos órgãos governamentais contra o tal câncer.
De repente todos os órgãos envolvidos no combate à corrupção, se unem para uma ação contundente contra os que assaltam os cofres públicos, e agora, a mesma mídia, que antes cobrava ações, condena.
O povo brasileiro sempre cobrou ações governamentais contra a corrupção.
Todos os candidatos a cargos eletivos no Brasil fizeram ou fazem discursos de combate à corrupção.
Tem-se essa pratica em nosso país como uma verdadeira praga.
Reconhecido mundialmente como o país da corrupção e desmando da coisa pública, o Brasil sempre ocupou posição de destaque, infelizmente, na cabeça da lista, como um país de alta corruptividade.
Trava-se uma guerra contra a corrupção e o exercito que se tem, são os órgãos encarregados de fazer essas investigações: Polícia Federal, ABIN, Ministério Público.
É uma guerra e eles têm que se unir. As armas de que dispõem são as mesmas utilizadas no mundo inteiro no trabalho investigativo cientifico.
Será que alguns da mídia pretendem que se use um pau-de-arara para arrancar confissão de um corrupto?
Prática até um dia desses condenados por ela mesma, e sofrida por muitos de seus entes durante a ditadura militar?
O destaque hoje, nos veículos de comunicações do Brasil, é o número de agentes envolvidos.
A principal ação dos órgãos encarregados de investigar corruptos, e condenada pela mídia, é a escuta telefônica. Um meio moderno, científico e legal, desde que autorizado pela justiça, para se chegar ao centro de inteligência das ratazanas do dinheiro do povo.
Fora a escuta telefônica, só resta o pau-de-arara.
Ou então caberá ao governo montar confessionários nas delegacias, e esperar que um corrupto se arrependa e confesse seus crimes.
E para a confissão ser legal e não ser anulada pelo Ministro Gilmar Mendes, chamem um padre!

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