sábado, 21 de março de 2009

GOLPE USANDO A ESTATISTICA

O jornalismo brasileiro embarca numa canoa furada.

O que devia ser informativo passa a ser opinativo

Saiu da função da notícia para a o editorialismo.

Definiu um lado e faz política contra o outro.

O que é pior, adotou o golpismo como meta para defender seu lado.

O jornalismo brasileiro quer ser poder sem voto.

Com isso empenha-se para derrubar a quem foi eleito.

Folha, Veja, Globo, todos lutam para chegar ao poder junto com os que defendem.

Sinal disso está no grande destaque dado a uma pequena queda na popularidade do presidente da república.

Dá o destaque da queda, mas nao explica como, estatisticamente, essa queda aconteceu.

Para a grande mídia nacional, soltar fogos é uma brincadeira salutar, desde que doa somente nos ouvidos dos outros.

O jornalismo brasileiro brinca com o povo, esconde informações, que logo aparecem nos blogs da internet.

Com relação a queda da popularidade do presidente da república, a mídia e seus parceiros brincam com a inteligência e o senso comum da população.

O DataFolha para chegar a esses dados, reduziu o peso do nordeste na pesquisa.

Eles querem eleger o Serra sem consultar a população brasileira.

Leia mais detalhes aqui, no texto extraído do blog de Paulo Henrique Amorim.

terça-feira, 17 de março de 2009

ENTENDA A QUADRILHA
Já se falou que o governo dos neoliberais foi a maior quadrilha que dominou o país em toda sua
história.
O envolvimento do Supremo Tribunal Federal nessa panela de fezes tem deixado o mundo jurídico brasileiro cabisbaixo.
Gilmar Mendes, o presidente do Supremo, veio do seio dessa quadrilha.
Assistiu, presenciou, deliberou, emitiu pareceres e ajudou nosso país a mergulhar na latrina da corrupção.
Hoje, velada ou descaradamente, defende, advoga, cria súmulas e arbitra em favor das ratazanas que vilipendiaram os cofres publicos.
Entenda como e porque isso aconteceu e chegou aos dias de hoje, e se transformou numa batalha surda entre uma mídia que nada divulga e alguns jornalistas corajosos, cientes do dever de bem informar.
Entenda mais, nesse brilhante texto expositivo de Luis Nassif, porque existe uma guerra dos remanescentes da quadrilha contra os poucos brasileiros que teimam em crer na honradez e na justiça.
O TEXTO DE LUIS NASSIF.
Desenvolvendo melhor o post anterior.
Quando FHC saiu do governo, escrevi um artigo “Uma obra de arte política”, descrevendo a habilidade da estratégia de governabilidade de FHC - e o desperdício de não ter sido utilizada para um plano de desenvolvimento amplo.
A estratégia consistia em cooptar chefes regionais com migalhas do poder, mantendo incólumes os pilares centrais do governo.
E
ssa era apenas a perna conhecida do modelo criado por FHC.
O ponto central era o controle estrito sobre o Ministério da Fazenda e toda a estrutura debaixo dele - Banco Central, CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Secretaria da Receita Federal (SRF).
Não se tratava apenas de manter o controle técnico sobre a economia. Era nesses ambientes que se fortalecia a perna oculta do sistema de poder montado: a criação de um modelo sistêmico de aliança com o crime organizado (de colarinho branco), que se expandia na indústria de offshores, de bancos de investimentos, de gestores de recursos.
A maneira como Gustavo Franco autorizou as operações do Banco Araucária, as operações com leilões da dívida pública (sempre com dúvidas sobre sua transparência), o caso emblemático do Banco Santos - desde 1994, um banco quebrado que, mesmo assim, enviava centenas de milhões de dólares para o exterior, com autorização do Banco Central - e, especialmente, o caso Opportunity, demonstravam uma ampla cumplicidade entre autoridades e transgressores. A estrutura de fiscalização do Estado ficou totalmente amarrada pelas ordens que emanavam do centro do comando financeiro do governo.
O controle do Estado

Em entrevista que concedeu ao Terra Magazine, FHC definiu a Satiagraha como uma luta pelo controle do Estado. Nada mais claro.
Quando o PT assumiu o poder, seguiu ao pé da letra a receita de FHC - tanto nos acordos fisiológicos inevitáveis, quanto na tentativa de cooptação desses grupos barras-pesadas.
Esse trabalho se dá através dos dois estrategistas políticos de Lula, José Dirceu e Antonio Palocci. Palocci atuava especialmente através do Conselhinho (o Conselho que julga os recursos dos agentes financeiros) e da CVM - nas gestões Marcelo Trindade e Cantidiano. Livra-se o Banco Pactual de autuações severas por crimes fiscais, livra-se Dantas por crimes de lavagem de dinheiro e de desobediência às regras cambiais brasileiras, permite-se que o Banco Santos se torne o maior repassador de recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) em uma leniência sistemática.
O Opportunity passa a financiar Delúbio Soares, através da Telemig Celular e Amazonia Celular. Palocci torna-se próximo de André Esteves, do Banco Pactual. E o BC mantinha olhos fechados para os crimes de lavagem de dinheiro.
O Sistema Brasileiro de Inteligência
Esse esquema começa a esboroar não apenas com o chamado escândalo do “mensalão”, mas pela iniciativa histórica do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de montar o Sistema Brasileiro de Inteligência.
Essa iniciativa se dá de forma paralela com o que ocorre em outros países, quando os Estados nacionais se organizam para enfrentar a internacionalização do crime organizado.
Nesse momento, começa a ruir o modelo de governabilidade baseado na aliança com o crime organizado. No combate ao crime organizado, o funcionário do BC não responde mais à sua diretoria mas a uma estrutura superior e interdepartamental. O mesmo ocorreu com outros funcionários da área econômica. O controle acaba.
Sentindo que o processo era inevitável, e escaldado pelo “mensalão”, Lula dá ampla liberdade para o aparato do Estado se organizar.
Pela primeira vez, o Estado começa a cumprir suas funções e os funcionários públicos a se libertar das amarras impostas por esse pacto espúrio. Aumenta a colaboração com as forças internacionais anti-crime, surgem as grandes operações combinadas de combate ao crime organizado. Fiscais da Receita passam a conversar com a Polícia Federal, a Coaf troca informações com o Ministério Público, a ABIN é acionada. E dessa integração começa a nascer a esperança de uma mudança estrutural não apenas no combate ao crime organizado, como na redemocratização do Estado e no aprimoramento do jogo político.
Era inevitável o choque com a estrutura de poder montada. O ovo da serpente já estava incubado, eram muito profundas as ligações entre o crime organizado, estruturas de mídia, instâncias do Judiciário, Congresso Nacional, Executivo. O país havia se criminalizado.
Pior, criminalizou-se com status. Chefes de quadrilha são tratados como brilhantes executivos, aproximaram-se de grupos de mídia, ajudaram na capitalização de alguns deles.
Um dos fatores que leva à inibição do crime é a condenação social do criminoso, a não aceitação de sua presença nos círculos sociais. Por aqui, Daniel Dantas continuou a ser aceito por praticamente todas as lideranças políticas. O ato comprovado de tentar subornar um delegado não mereceu a condenação explícita de ninguém. Pelo contrário, é elogiado pelo mentor máximo da oposição, FHC, e defendido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
É essa lógica vergonhosa, para nós brasileiros, que explica toda a ofensiva para desmontar o Sistema Brasileiro de Inteligência.
Mudanças irreversíveis
A questão é que o mundo mudou. O crime organizado de colarinho branco tornou-se ameaça mundial, combatido por todos os países civilizados. A Internet rompeu com a barreira da informação. Pode custar mais ou menos, mas será impossível ao país não se curvar à grande onda anti-crime que se seguirá à queda da economia global.
Algumas vezes critiquei a superficialidade de FHC, sua incapacidade de perceber os ventos, os grandes fatores de transformação que permitissem lançar o país rumo ao desenvolvimento. Bobagem minha! Seu foco era outro.
É por isso quem para ele, Protógenes é amalucado e Dantas é brilhante.
A história ainda cobrará caro de FHC por ter institucionalizado o crime organizado no centro do jogo político brasileiro.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

UMA AUTORIDADE COM POMPAS, MAS TEM HONRA?
No blog do Paulo Henrique Amorim o internauta Idelber Avelar faz 25 perguntas ao presidente do Supremo Gilmar Mendes, que faço questão de disponibilizá-las aos frequentadores desse blog, com permissão do autor, claro.
RESPONDA SENHOR MINISTRO:
1.O sr. sabe algo sobre o “assassinato” de Andréa Paula Pedroso Wonsoski, jornalista que denunciou o seu irmão, Chico Mendes, por compra de votos em Diamantino, no Mato Grosso?
2.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2000, quando o sr. era advogado-geral da União?
3.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2004, quando o sr. já era ministro do Supremo Tribunal Federal?
4.Quantas vezes o sr. acompanhou ministros de Fernando Henrique Cardoso a Diamantino, para inauguração de obras?
5.O sr. tem relações com o Grupo Bertin, condenado em novembro de 2007 por formação de cartel? Qual a natureza dessa relação?
6.Quantos contratos sem licitação recebeu o Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o sr. é acionista, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso?
7.O sr. considera ética a sanção, em primeiro de abril de 2002, de lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro pago em tributos pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, da qual o sr. é um dos donos, em descontos para os alunos?
8.O sr. tem alguma idéia do porquê das mais de 30 ações impetradas contra o seu irmão ao longo dos anos jamais terem chegado sequer à primeira instância?
9.O sr. tem algo a dizer acerca da afirmação de Daniel Dantas, de que só o preocupavam as primeiras instâncias da justiça, já que no STF ele teria“facilidades” ?
10.O segundo habeas corpus que o sr. concedeu a Daniel Dantas foi posterior à apresentação de um vídeo que documentava uma tentativa de suborno a um policial federal. O sr. não considera uma ação continuada de flagrante de suborno uma obstrução de justiça que requer prisão preventiva?
11.Sendo negativa a resposta, para que serve o artigo 312 do Código de Processo Penal segundo a opinião do sr.?
12.Por que o sr. se empenhou no afastamento do Dr. Paulo Lacerda da ABIN?
13.Por que o sr. acusou a ABIN de grampeá-lo e até hoje não apresentou uma única prova? A presunção de inocência só vale em certos casos?
14.Qual a resposta do sr. à objeção de que o seu tratamento do caso Dantas contraria claramente a *súmula 691*do próprio STF?
15.O sr. conhece alguma democracia no mundo em que a Suprema Corte legisle sobre o uso de algemas?
16.O sr. conhece alguma Suprema Corte do planeta que haja concedido à mesma pessoa dois habeas corpus em menos de 48 horas?
17.Por que o sr. disse que o deputado Raul Jungmann foi acusado “escandalosamente” antes de que qualquer documentação fosse apresentada?
18.O sr. afirmou que iria chamar Lula “às falas”. O sr. acredita que essa é uma forma adequada de se dirigir ao Presidente da República? O sr. conhece alguma democracia onde o Presidente da Suprema Corte chame o Presidente da República “às falas”?
19.O sr. tem alguma idéia de por que a Desembargadora Suzana Camargo, depois de fazer uma acusação gravíssima - e sem provas - ao Juiz Fausto de Sanctis, pediu que a “esquecessem” ?
20.É verdade que o sr., quando era Advogado-Geral da União, depois de derrotado no Judiciário na questão da demarcação das terras indígenas, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem as decisões judiciais?
21.Quais são as suas relações com o site Consultor Jurídico? O sr. tem ciência das relações entre a empresa de consultoria Dublê, de propriedade de Márcio Chaer, com a BrT?
22.É correta a informação publicada pela Revista Época no dia 22/04/2002, na página 40, de que a chefia da então Advocacia Geral da União, ou seja, o sr., pagou R$ 32.400,00 ao Instituto Brasiliense de Direito Público - do qual o sr. mesmo é um dos proprietários - para que seus subordinados lá fizessem cursos? O sr. considera isso ético?
2
3.O sr. mantém a afirmação de que o sistema judiciário brasileiro é um “manicômio”?
24.Por que o sr. se opôs à investigação das contas de Paulo Maluf no exterior?
25.Já apareceu alguma prova do grampo que o sr. e o Senador Demóstenes denunciaram? Não há nenhum áudio, nada?
COMENTÁRIO
Os demais ministros estão passando por esse momento de total descrédito do Supremo Tribunal Federal, porque um deles tentou confrontar o presidente Gilmar Mendes, e recebeu como resposta uma acusação taxativa e humilhante: NENHUM DE VOCÊS TEM MORAL PARA ISSO.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A GLOBO CALOU UMA VOZ CEARENSE

A Globo retirou o sinal da TV Diário cearense da parabólica.
Aliás, forçou a retirada.

Como se sabe, o sistema Verdes Mares de Comunicação é afiliada à Rede Globo e retransmite o sinal do Canal aberto da TV Globo.

A Globo perdia audiência.

A TV Diário avançava sobre os nordestinos espalhados Brasil afora.

A Globo não tem compromisso com a brasilidade.

Mas o nordestino sentia sua terra pelas imagens da TV Diário.

Na Globo a voz tem sotaques que não se identificam com o do nordestino.
Ele rejeita.

A Globo nunca aceitou a preferência política dos nossos conterrâneos, mas eles exigiam respeito, que a Globo não dava.

A Globo permitia chamar aos nossos desempregados de vagabundos, e condenava a todos que possuíam a uma única fonte de renda: o bolsa família.

Mas a TV Diário era compreensiva com a pobreza de nossos irmãos.

A Globo foi segregacionista com nossos conterrâneos pobres, enquanto a TV Diário convivia com eles.

Essas atitudes da Globo estava fazendo com que mais nordestinos mudassem de canal.

A Globo pressionou, ameaçou rever a filiação em favor de um eterno pretendente, sempre de plantão.

Poucos nordestinos têm essas informações e não sabem por que a TV Diário saiu do ar.

Os que conseguirem ler essas informações têm que repassar.

Fazer chegar a mais nordestinos e uma nova atitude tomar.

Está na hora de canal mudar.

Sair da Globo, já, já!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

STF – PSIQUIATRA
DE LADRÃO.


A corrupção diminuiu no Brasil, a despeito da denúncia do senador Jarbas Vasconcellos.

Sempre que matérias manipuladas são veiculadas, como a da Veja com o senador Jarbas, logo atrás vem um microondas midiático para esquentar a matéria, seguido de um fórum de especialistas dando pitaco sobre o que foi publicado, respaldando a denúncia do entrevistado.

A mídia do esgoto faz ecoar aos quatro cantos, esquentando o que foi publicado.

Especialistas escolhidos a dedo, sentam-se nas confortáveis poltronas das emissoras de televisão para desfiar suas idiossincrasias a respeito da “novidade”: Todos coadjuvantes da manipulação, nenhum com dados históricos políticos para o confronto de situações semelhantes.

Mas, porque o desvio do dinheiro público diminuiu?

Relatórios de organismos internacionais, anteriores a 2002, diziam que a corrupção no Brasil chegava a 100 bilhões de reais por ano.

Esses relatórios, pouco divulgados ou sem nenhuma divulgação, porque não interessava ao governo de plantão da época, escondiam a roubalheira que vicejava nos intestinos do Brasil.

Neste mês, a organização não governamental International Budget Partnership (IBP) relata o país como o mais transparente da América Latina na aplicação do orçamento público, e aponta como uma das causas de desvio de recursos o código penal, que não sofre reforma e permite que quadrilhas inteiras roubem o país e zombem da população com bons advogados a tiracolo.

Some-se a isso, as recentes súmulas do STF, que escancaram ainda mais as brechas dos artigos do código penal, distanciando descaradamente o ladrão dos efeitos da lei.

Os especialistas estimam que se roube anualmente no Brasil, cerca de 9,6 bilhões de reais por conta, tanto das brechas penais, quanto pelo excesso de cargos comissionados.

Apesar disso é uma vitória e tanto, que a mídia não divulga.

E uma das ações que inibiu a mão de rato contra os cofres públicos foram as operações da Polícia Federal.

Se o fim do mundo para um gato é um cão feroz; para um rato é um gato faminto, para os corruptos do Brasil, o fim do mundo, por algum tempo, chegou a ser as operações da PF.

Eles tinham medo!

Em virtude disso, se as contas dos especialistas estiverem corretas, a redução da corrupção no Brasil atingiu a 90,4% de 2002 para 2008.

Mesmo com essa estupenda redução ainda se rouba muito, e isso tende a recrudescer porque o presidente do Supremo Tribunal Federal proibiu o uso de algemas e estendeu ao ladrão o direito “ad eternum” da liberdade.

Em toda nação civilizada o povo respeita as leis, e se conduz dentro da moral, condenando-se aqueles que as desrespeitam.

No Brasil, com a fragilidade do código penal e a as súmulas do supremo, eles perderam o medo.

Recuperados deste e encorajados por aquelas, vão voltar com gosto de gás!

Indiretamente, o Supremo Tribunal Federal do Brasil trabalha como psiquiatra de ladrão.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

DIÁLOGO

O que pode ter acontecido com o vestal senador Jarbas Vasconcellos foi um papo com o José Serra e o diálogo foi mais ou menos assim:


Serra: Vem pro nosso lado!
Jarbas: Ganho o quê?

Serra: Uma metralhadora!
Jarbas: Não sou guerrilheiro!

Serra: Mas vai ser!
Jarbas: O que eu tenho que fazer?

Serra: Atirar, porra!
Jarbas: Em quem?

Serra: Nos teus colegas!
Jarbas: Faço isso, não! São meus amigos e estamos juntos há mais de 40 anos!

Serra: Por isso que te chamei! Vocês já atiraram no Itamar Franco para ajudar meu colega Fernando Henrique, porque agora está se recusando?...
Jarbas: É... Cadê o pente de balas?

Serra: Não é pente, abestado, é folha, páginas!... Entendeu!
Jarbas: Página não mata!

Serra: Mas eu não quero que eles morram!
Quero que fiquem feridos. Vou matá-los depois.
Jarbas: Essa porra vai sobrar prá mim. Eles vão me processar, São muitos...

Serra: P r o c e s s a r? Tem gente nossa lá no tribunal, esqueceu?
Jarbas: É arriscado, mas aceito! Cadê as tais folhas?

Serra: Veja!!!



Comentário sobre esse post.
Jornal Tribuna da Imprensa.
Cartas.

Jarbas
Helio, Parabéns ao Martins Andrade.
Ironia e graça que desmascara o parasita enlouquecido Jarbas Vasconcelos, que, em melancólico final de carreira, tornou-se "aspone" oficial de Serra.
Vicente Limongi Netto - Brasília (DF)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

UM FOGUETEIRO DESCREVENDO UMA EXPLOSÃO.
O Brasil foi sacudido, nesta semana, pela explosiva entrevista/denúncia do senador pernambucano Jarbas Vasconcellos a um órgão da grande imprensa nacional.
Considerada pelos jornalistas sérios deste país como uma publicação do esgoto da mídia nacional, a revista que trouxe a denúncia, estampa a manchete e desenvolve em suas páginas o ataque do vestal senador.
O que ele diz, o brasileiro de inteligencia média de há muito sabe.
Que há corrupção desenfreada dentro de órgãos do governo e ao redor, nos partidos que o apoiam, o Zé Povinho conhece essa musica de ouvido.
Dizer que o próprio partido dele é corrupto, e esticar o dedo e apontar para outros políticos de outros partidos, separando honestos, foi a veleidade do senador.
O que está por trás dessa denúncia?
Com que intenção ela foi publicada?
Qual o desdobramento da denúncia/reportagem na atual e futura política brasileira?
Pela história do PMDB e do próprio senador, ele faz parte de um grande paiol, mas a
o conceder essa entrevista, Jarbas Vasconcellos se coloca como fogueteiro descrevendo uma explosão.
Deixo-os com a lúcida interpretação de um dos mais calejados jornalista brasileiro.
Coloco aqui o comentário de Luis Nassif.
17/02/2009 - 10:23
A estratégia Jarbas

Não é difícil entender as razões por trás da entrevista do senador Jarbas Vasconcellos à revista Veja.
Na entrevista ele acusa seu partido, o PMDB, de abrigar corruptos e lutar por cargos. Faltou explicar onde está a novidade.
No governo FHC, esse mesmo PMDB, tendo como pontas-de-lança o Ministro dos Transportes Eliseu Padilha e Gedel Vieira Lima, uma seleção enriquecida por Gilberto Miranda e outros notáveis, negociou cargos, benesses e massacrou Itamar Franco na convenção do partido. E os episódios ocorreram nos tempos em que Jarbas era dos grandes nomes do partido. É o mesmo PMDB de agora, com os mesmos personagens de antes.
O papel do PMDB e as formas de cooptá-lo fazem parte do know-how de governabilidade criado por FHC e apropriado por Lula. Então, qual a razão da indignação tardia de Jarbas? É aí que se entra na parte mais interessante da entrevista: a maneira como foi preparada.
Na semana passada Lula colocou o bloco de Dilma na rua. O fato veio acompanhado da divulgação das pesquisas de popularidade do governo, da constatação de que as medidas anticíclicas começam a dar certo, do encontro de prefeitos.
Esse início, aparentemente avassalador, assustou o PSDB. Serra ensaiou seu PAC contra a crise (cinco meses depois da crise deflagrada!). E, em reunião na casa de FHC, decidiu-se, de um lado, acirrar os ataques ao governo no Congresso, dificultando a aprovação de medidas. De outro, criar um fato político que contrabalançasse o jogo. Não havia denúncias à mão. As grandes denúncias ficaram no primeiro governo Lula. As denúncias-tapioca não pegam mais.
Decidiu-se, então, pela entrevista do Senador Jarbas Vasconcellos à revista Veja. Jarbas é ligado a Serra e, muitas vezes, pensou-se na dobradinha para as eleições presidenciais. Há tempos perdeu o ímpeto político. Na segunda metade do seu governo, praticamente passou o comando ao vice-governador e alienou-se completamente da administração. Questões existenciais compreensíveis, pelas quais passam todas as pessoas. Mas tem uma bela reputação, formada nos tempos em que era do extinto PMDB autêntico.
Foi convocado, então, para criar o fato político. O órgão escolhido foi a revista Veja – com a qual Serra mantém relações recentes, porém estreitíssimas (é ele, por exemplo, o principal avalista do tipo de jornalismo praticado por Reinaldo Azevedo).
A entrevista de Jarbas é um prato feito e óbvio. Primeiro, critica seu próprio partido, para ganhar credibilidade – e porque o partido está na base de sustentação do governo.
Depois, parte para os ataques seletivos. Ataca o presidente do Senado José Sarney, que é contra Serra, e poupa o da Câmara, Michel Temer, que é a favor. A rigor, não existe diferença de estilo entre ambos. Até pouco tempo atrás, a Codesp era loteada para Temer. Depois, atacou Renan Calheiros, que é contra Serra, e poupou o alvo preferencial dos moralistas políticos do passado, Orestes Quércia – que virou serrista.
Julgando ter passado uma visão desprendida da política, uma visão escoteira do sujeito só e com sua consciência, Jarbas ganha moral para avançar no alvo que interessa. Aponta a conivência de Lula com a corrupção – por só demitir acusados depois de comprovada a culpa -, deixa de lado pontos chatos – como o amplíssimo sistema de cooptação montado por Eliseu Padilha no DNER, no tempo de FHC. Critica a Bolsa Família e se refere assim aos possíveis candidatos de 2010:
Sobre Dilma
Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?
A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.
Sobre Serra
O senhor parece estar completamente desiludido com a política.
Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas.
Ou seja, a opinião sobre Serra é desinteressada, apenas de um apaixonado. Mesmos os amigos mais fiéis de Serra jamais deixaram de reconhecer nele as características que Jarbas aponta em Dilma: autoritário e prepotente. Mas a paixão é cega.
Dado o tiro de largada, ontem o Jornal Nacional repetiu e hoje os analistas políticos passam ao seu esporte predileto: a indignação seletiva.
A política brasileira é uma colcha de retalhos, com furos para todos os lados. O que a imprensa faz é selecionar o furo que lhe convém e aplicar na defesa dos seus próprios interesses – e de seus aliados.
Só que a imagem de imprensa neutra e defensora dos altos valores da moralidade já não existe: se esboroou a partir da campanha de 2006.
Um ano depois, alguém ousaria dizer que Veja é melhor do que Renan?
Enviado por: luisnassif - Categoria(s):
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