domingo, 5 de julho de 2009

PROSÉLITOS DE HONDURAS

A América Latina começa a ter cheiro de pólvora.
Já havia Cuba com sua eterna ditadura castrista, agora rompe Honduras com uma ameaça de se alastrar continente a fora, embora condenada por todos os setores mundiais, exceto os
NEOCONS latinos.
Nesta turma se inclui a extrema direita brasileira.
NEOCON significa: Neoconservador e seu traço marcante é o rótulo que se dá às pessoas que defendem esse tipo de política e aos governantes com forte apoio popular.
Comunista, ditador, totalitarista são as denominações provocativas dos Neocon, numa tentativa de jogar as populações contra pessoas e governos de centro esquerda, inferindo que eles representam perigo para as liberdades democráticas do continente.
Há mais humanismo dentre entre esta nova safra de governantes latinos e suas políticas sociais, para os NEOCONS da região, significam populismo barato.
O que significa também uma maneira rude de interpretar o pensamento da população.
Por esse viés, políticos latino-americanos de extrema direita estão buscando motivos, quaisquer motivos para correrem às portas dos quartéis em busca de um general aventureiro, que, através de um golpe militar, lhes devolva aquilo que o povo não quer mais lhes dar: o poder.
Todavia como não podem entronizar um militar numa aventura dessas, assim por mais nem menos, munem-se de artefatos políticos e jurídicos os mais esdrúxulos possíveis para o ataque às liberdades, que eles mesmos condenam.
Contam ainda com uma mídia de plantão, pronta para esquentar o pensamento Neocon e caramelizar a bala e o canhão do golpe, reproduzindo idiossincrasias de seus simpatizantes.
Com essa faceta o golpe não está longe, como aconteceu em Honduras.
O presidente Manuel Zelaya queria dar uma mexida na constituição e precisava consultar seu povo se poderia convocar uma assembléia constituinte para as mudanças.
Propôs uma cédula eleitoral onde perguntava se nas eleições de novembro a população aprovaria a colocação da quarta urna para que ele, o povo, votasse sim ou não para convocação de uma assembléia constituinte
O Supremo de lá entendeu que o presidente queria elastecer seu próprio mandato; o grupo de extrema direita achou que assim não voltaria mais ao poder; a mídia esquentou o tema e caramelizou o golpe.
No Brasil neoliberal, Fernando Henrique Cardoso comprou uma reeleição, pagando a vista, e não se viu ninguém da extrema direita, nem político nem mídia protestar.
Aqueles que não receberam dinheiro vivo, receberam instituições bancárias para delas fazer e acontecer, como foi o caso dos bancos estaduais, bancos regionais, os primeiros falidos e estes exauridos por governadores, que distribuíram dinheiro aos financiadores de campanha.
Alguns deles com processo no supremo por aqueles fatos.
A reeleição de Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, foi a mexida constitucional mais cara do mundo, porque com dinheiro do povo e políticos corruptos.
Era como se dissessem para o povo: nós podemos.
Hoje, os Neocons se transformaram em outro tipo de pessoas.
Uma vez que golpe militar, que havia sido banido da América Latina, está retornando, o pessoal da extrema direita volta em surdina a visitar quartéis.
Enquanto governantes do mundo inteiro, motivados por um humanismo latente, buscam a melhoria de vida de suas populações, os NEOCONS do Brasil, espelhados com o que foi feito em Honduras, realizam agora um novo exercício contra as liberdades.
Juntos: mídia, justiça e políticos fazem proselitismo da ditadura.
São os Prosélitos de Honduras.

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