Desde os tempos do famigerado FHC que o PSDB quer vender a Petrobrás.
Naqueles tempos eles se referiam à Petrobrás como Petrossauro, querendo dizer que a empresa era um monstro, um bicho de sete cabeças e que precisava ser destruída.
Houve até um ministro que falou que precisava destruir a Petrossauro e desmontá-la vértebra por vértebra.
Mas, o que havia por trás de tudo isso?
Simples.
Os neoliberais, mistura de PSDB com PFL, hoje DEMos, venderam quase tudo que o país possuía em matéria de empresa pública.
E queriam vender também o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás.
Mas, para não despertar a ira do povo brasileiro e tirar o foco da grandeza da Petrobrás, era necessário dar um caráter maligno a empresa. Daí ela ter sido taxada de incapaz, corrupta, monstro. Tudo para facilitar o desmonte da maior empresa de petróleo do mundo.
E a primeira coisa a ser feita era arranjar um apelido bem feio, que causasse repugnância e revolta na população: Petrossauro!
Deram com os burros n’água porque alguns brasileiros nacionalistas foram para cima e impediram a venda da empresa.
Agora eles voltam à carga.
Criaram uma CPI para investigar porque a Petrobras não pagou juros exorbitantes aos acionistas e reduziu a carga tributária ao fisco brasileiro.
Para os neoliberais, sobretudo o PSDB, ai tem roubo (O PSDB falando em roubo...), tem maracutaia na Petrobrás.
Esqueceram os neoliberais, que foi o próprio FHC quem criou, através de medida provisória, um dispositivo que reduz a cota e os impostos a ser pagos pelas empresas brasileiras, toda vez que, numa crise, houvesse redução do PIB.
Que é o que está acontecendo nesse instante.
Agora começa o mais interessante.
Para que a iniciativa do PSDB tenha sucesso, faz-se necessário contar com a mídia, que sempre esteve a serviço dos neoliberais: rede Globo, Estadão, Folha de São Paulo, revista Veja, e outros veículos de mídia.
Que sempre foram eternamente favoráveis a que se venda tudo que o país tem. Principalmente se forem eles mesmos os compradores.
Pois bem.
Os jornalistas destes veículos de comunicação começaram a espalhar noticias infundadas sobre a Petrobrás.
O objetivo é criar um clima de corrupção, de empresa relapsa, sonegadora, antro de malandragem, financiadora de corruptores e corruptos, de tal forma a incutir na população brasileira uma imagem muito negativa da Petrobrás para, depois de tudo isso, alguém dá o grito: vende! E a população não resistir...
Eles mandavam e-mails para a presidência da Petrobrás com perguntas sobre o desempenho da empresa, atividades, tipo de serviço que desenvolve, enfim, perguntavam tudo e quando a matéria era publicada, a coisa estava totalmente distorcida.
O que fez a Petrobrás?
Criou um blog!
Semana passada um jornalista solicitou uma entrevista, através de e-mails. A presidência da Petrobrás respondeu a todas as perguntas, mas foi ao blog da empresa e publicou todas as perguntas do jornalista e as respostas dadas pela diretoria.
Quando o jornal publicou a matéria totalmente distorcida, choveu de reclamações à redação.
Eram os leitores do jornal cobrando explicações sobre a matéria publicada, que contrastava totalmente com a que a empresa havia colocado em seu blog.
Desmoralização total.
Agora veio a ANJ (Associação Nacional de Jornalistas) cobrando da Petrobrás explicação, e revoltada porque a empresa colocou em seu blog as perguntas e respostas da entrevista.
A rede Globo se manifestou também, dizendo que “o blog afronta a liberdade de imprensa”.
Liberdade de imprensa no Brasil é a permissão para mentir, difamar sem que o atingido se mexa.
Eurípedes Alcântara, da revista Veja, disse que o Blog da Petrobras é censura!
Traduzindo: eu faço uma entrevista com você e coloco no meu jornal tuas respostas do jeito que quiser. Mas, se você falar o que te perguntei, disser também as respostas que deu a mim, é censura.
De qualquer forma o blog mudou a maneira de se fazer notícia no mundo inteiro.
Se um jornal publica alguma coisa sobre alguém, e esse fato vem distorcido, imediatamente um blogueiro se manifesta, revelando fatos, trazendo detalhes.
A reação da Petrobras põe o jornalismo brasileiro em guarda.
O recado foi direto: não distorça, não invente...
Não minta, a verdade está no meu blog!
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